Na última semana antes do segundo turno, a campanha do ex-presidente Lula (PT) prepara o lançamento de um documento com as propostas centrais de um plano de governo.
Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o documento trará os eixos principais de um eventual governo Lula-Alckmin. As medidas são voltadas para a população de mais baixa renda, mas também com acenos ao mercado financeiro, que desde o início da campanha cobra mais clareza de como será a agenda econômica de Lula, caso eleito.
Segundo Gleisi, a divulgação está prevista para ocorrer até quarta-feira.
O documento vai trazer compromissos que já vem sendo divulgados pela campanha, mas que ganham agora status de plano de governo. Uma das novas propostas é garantir a volta da política de aumento real do salário mínimo nos moldes da política que combinava a reposição da inflação e crescimento do PIB aprovada pelo Congresso no governo Dilma.
A discussão sobre os reajustes do salário mínimo ganharam força no debate eleitoral depois do desgaste de Jair Bolsonaro com o reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirmando que estava pronta na área econômica uma proposta para desvincular da inflação aposentadorias e benefícios do salário minimo.
O governo correu para negar a informação, Bolsonaro prometeu aumento real para o mínimo em um eventual segunda mandato, mas o dano eleitoral estava feito. A campanha adversária passou a usar a informação nas redes sociais e nos programas de rádio e TV.
Outros pontos que o documento irá trazer dizem respeito à volta do Bolsa Família, com garantia de manutenção do benefício em R$ 600, além de um adicional de R$ 150 para crianças abaixo de 6 anos. Também terá a promessa de um programa de renegociação de dívidas, nos moldes do proposto pelo candidato do PDT, Ciro Gomes.
Os custos das medidas devem ser financiadas com propostas tributárias a serem enviadas ao Congresso, como a tributação de dividendos – Bolsonaro faz promessa semelhante, apesar de o Congresso já ter rejeitado o tema.
O texto também tentará amenizar críticas de agentes financeiros, que pedem maior clareza da politica econômica. Sem dar detalhes, o documento tratá a promessa da estabilidade e previsibilidade na economia, lembrando ações do primeiro mandato de Lula.
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