Na comparação anual, a economia do país apontou avanço de 3,7% naquele mês. Monitor do PIB-FGV aponta desaceleração em agosto
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O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou uma retração de 0,8% na economia brasileira em agosto frente a julho, de acordo com informações divulgadas pela instituição na manhã desta quarta-feira (19).
Em julho, o levantamento do Monitor revelou um crescimento de 0,6% na atividade econômica mensal, abaixo das projeções do Banco Central de crescimento de 1,17%.
Apesar da queda mensal, em relação ao mesmo mês do ano passado, a atividade econômica registrou crescimento de 3,7%. Na comparação trimestral, levando em conta o trimestre móvel encerrado em agosto, a alta foi menos expressiva, de 3,3%.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, a retração observada pelo Monitor do PIB-FGV está associada, sobretudo, a queda nos setores de serviços e indústria.
A especialista destaca que a maior parte das atividades de indústria e serviços registraram baixa no período da pesquisa. No entanto, o principal ponto de atenção é a retração no consumo das famílias.
“Dada a importância que o consumo tem apresentado em 2022, sendo considerado o principal responsável pelo bom desempenho da economia no primeiro semestre, sua retração em agosto sinaliza provável dificuldade de manutenção do crescimento na economia na segunda metade do ano”, comenta Juliana.
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Juros altos X Consumo das famílias
Juliana pontua que a expectativa de que a economia brasileira passe por um período de desaceleração não é novidade. A especialista explica que os juros altos no País afetam o consumo das famílias, já que fica mais caro financiar e parcelar compras. A Selic, taxa básica de juros, está em 13,75% ao ano atualmente.
“A retração registrada na atividade econômica em agosto pode ser uma sinalização que a esperada desaceleração da economia chegou”, afirma a pesquisadora.
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