A moeda americana fechou agosto com uma queda de 0,38%, cotada a R$ 5,6325. já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, subiu 6,54% no mês, aos 136.004 pontos. Notas de dólar.
Reuters
O dólar opera com volatilidade nesta segunda-feira (2), primeiro pregão de setembro, oscilando entre altas e baixas, em dia de feriado nos Estados Unidos, o que reduz os níveis de negociação nos mercados financeiros de todo o mundo.
No Brasil, o mercado acompanha a divulgação de mais uma edição do Boletim Focus — relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores financeiros do país.
Nesta edição, o Focus mostrou, pela sétima semana consecutiva, o aumento das expectativas para a inflação brasileira em 2024. As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, porém, também cresceram nesta semana.
Investidores também monitoram novos dados vindos da China, que mostram uma desaceleração das exportações na segunda maior economia do mundo. Ainda, repercute uma notícia de que as autoridades chinesas estão estudando um refinanciamento de até US$ 5,4 bilhões das hipotecas do país.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h40, o dólar caía 0,21%, cotado a R$ 5,6208. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (30), a moeda americana teve alta de 0,17%, cotada em R$ 5,6235. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6916.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,79% na semana;
recuo de 0,38% no mês;
avanço de 16,07% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na sexta, o índice fechou em baixa de 0,03%, aos 136.004 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 0,29% na semana;
alta de 6,54% no mês;
ganhos de 1,36% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O mercado vive um pregão de negociações reduzidas pelo mundo por conta do feriado de Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que mantem as bolsas do país fechadas nesta segunda.
Com isso, o que fica no radar hoje são as novas projeções trazidas pelo Boletim Focus e alguns dados da economia chinesa, com destaque para uma renovação da cautela com o setor imobiliário.
Na mais recente edição do relatório do BC, as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 4,25% para 4,26%, na sétima semana de alta. Em menos de dois meses, a projeção avançou 0,26 ponto percentual (em 12 de julho, era de 4%).
Essa alta nas projeções colocam a inflação brasileira cada vez mais longe do centro da meta estabelecida pelo BC, de 3% em 2024. A meta será considerada cumprida, no entanto, se a inflação fica entre 1,5% e 4,5%.
Para 2025, as estimativas são de uma inflação de 3,92%, enquanto para 2026, de 3,60%.
Uma aceleração da inflação pressiona o BC a adotar uma postura mais firme em relação à condução da política monetária e, por isso, parte dos analistas de mercado acreditam que a instituição pode promover uma nova alta na Selic, taxa básica de juros, nos próximos meses.
As expectativas para o PIB brasileira também subiram na última semana, passando de 2,43% para 2,46%. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,86% para 1,85%.
No exterior, na última sexta, uma reportagem da Bloomberg disse que as autoridades do país estão estudando um afrouxamento das regras de refinanciamento de hipotecas, numa medida de até US$ 5,4 bilhões.
A ideia é incentivar o consumo e o mercado imobiliário, em meio a uma onde de balanços corporativos muito ruins para o setor, que é um dos principais da economia chinesa.
Uma pesquisa do setor privado mostrou que os preços de novas moradias na China quase não subiram em agosto, enquanto as construtoras China Vanke e New World Development, de Hong Kong, registraram perdas.
As ações da New World Development sofreram a maior queda no índice Hang Seng, de Hong Kong, caindo 13% e atingindo seu nível mais baixo em duas décadas, depois que a empresa estimou um prejuízo líquido de até 20 bilhões de dólares de Hong Kong (2,6 bilhões de dólares) para o ano encerrado em 30 de junho.
As ações da China Vanke recuaram 5% depois que a gigante do setor imobiliário divulgou um prejuízo de 7,6 bilhões de iuanes (1,1 bilhão de dólares) no primeiro semestre na sexta-feira, ressaltando a profundidade do mal-estar no setor.
Ainda na China, a atividade industrial voltou a crescem em agosto uma vez que os novos pedidos impulsionaram a produção, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada nesta segunda-feira, oferecendo um vislumbre de esperança em meio a uma série de dados econômicos desanimadores.
No entanto, o primeiro declínio nos novos pedidos de exportação em oito meses soou o alarme após dados de exportação mais fracos em julho, aumentando as preocupações sobre as perspectivas comerciais justamente no momento em que os embarques de produtos natalinos começaram a aumentar.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria chinesa do Caixin/S&P Global subiu para 50,4 em agosto, de 49,8 no mês anterior, superando as previsões dos analistas em uma pesquisa da Reuters de 50,0 e melhor do que o PMI oficial no sábado, que mostrou que a atividade industrial ampliou as quedas em agosto.
* Com informações da agência de notícias Reuters
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