Na última sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,18%, cotada em R$ 5,6578. Já o principal índice de ações da bolsa teve alta de 1,22%, aos 127.492 pontos. Cédulas de dólar
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A moeda norte-americana inverteu o sinal positivo do começo do pregão e operava em queda nesta segunda-feira (29), dando início a uma semana agitada nos mercados, com uma série de indicadores, balanços corporativos e decisões de juros previstos para os próximos dias.
Por aqui, a principal expectativa dos investidores fica com a nova decisão de juros do Banco Central. O mercado espera uma nova manutenção das taxas, além de um endurecimento do tom por parte do Comitê de Política Monetária (Copom).
Já no exterior, o mercado segue atento aos bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos EUA, que também devem tomar decisões de política monetária nesta semana. O destaque fica com o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), com investidores atentos a eventuais sinais sobre quando o ciclo de cortes de juros deve começar na maior economia do mundo.
Uma série de indicadores fiscais e de atividade domésticos e internacionais também ficam no radar, bem como vários balanços corporativos de empresas sediadas aqui e no exterior.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h25, o dólar operava em queda de 0,35%, cotado em R$ 5,6380. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (26), a moeda norte-americana teve alta de 0,18%, cotada em R$ 5,6578.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,96% na semana;
ganho de 1,24% no mês;
alta de 16,60% no ano.
Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, só começam a partir das 10h.
Na última sexta-feira, o índice fechou em alta de 1,22%, aos 127.492 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
queda de 0,10% na semana;
ganhos de 2,89% no mês;
perdas de 4,99% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Em uma semana recheada de indicadores e notícias que podem movimentar os mercados, a principal expectativas dos investidores fica com a Super Quarta, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos devem anunciar suas decisões de juros.
Por aqui, a expectativa do mercado é que o Copom mantenha a taxa básica de juros (Selic) inalterada mais uma vez, em 10,5% ao ano.
Em entrevista à agência de notícias Reuters na última sexta-feira, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que as taxas de juros no país estão muito acima do considerado neutro para a economia, mas reiterou que o ambiente não melhorou significativamente desde a última reunião do Copom, em junho.
“O que o Copom decidiu na última reunião era que diante dessas incertezas crescentes — que evidentemente geram também desancoragem das expectativas domésticas e que têm afetado o preço de alguns ativos, como por exemplo a taxa de câmbio — ele preferiu interromper e aguardar, manter essa taxa de juros”, disse Mello à Reuters.
“O que eu observo é que esse conjunto de incertezas ainda existe”, acrescentou.
Além disso, analistas sinalizam que ainda há grande expectativa em relação ao quadro fiscal do país. Na última sexta-feira, o Tesouro Nacional indicou que as contas do governo registraram um déficit de R$ 38,8 bilhões em junho, no 4º pior resultado para o mês desde o início da série histórica.
O déficit primário acontece quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.
No acumulado de 12 meses, o déficit até junho é de R$ 260,7 bilhões — o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na noite do último domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento em rede nacional, apresentando um balanço das ações de seu governo, que completou um ano e meio. Durante seu discurso, Lula afirmou que não vai abrir mão da responsabilidade fiscal.
“Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne”, afirmou o presidente.
O foco nos juros também acontece no ambiente internacional, em meio às expectativas pelas decisões de política monetária dos bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Em relação ao Fed, a estimativa dos analistas é que, após os sinais de arrefecimento da inflação norte-americana em junho, o BC dos EUA finalmente indique estar pronto para dar início ao corte de juros na reunião de setembro.
Na agenda, uma série de indicadores de emprego e atividade são esperados para esta semana, além de vários balanços corporativos de empresas sediadas no Brasil e no exterior.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
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