Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,61%, cotada em R$ 5,5695. Já o principal índice de ações da bolsa teve alta de 0,19%, aos 127.860 pontos. Dólar
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O dólar abriu em alta nesta terça-feira (23), à medida que investidores continuam a repercutir os desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana e do quadro fiscal brasileiro.
No noticiário local, sem grandes destaques na agenda, o mercado continua a avaliar o relatório de receitas e despesas divulgado pelo Ministério da Fazenda na véspera e que deu mais clareza sobre as contas públicas do país.
Já no exterior, as atenções estão voltadas para a evolução de Kamala Harris em direção à liderança da chapa democrata nas eleições dos Estados Unidos, após o presidente Joe Biden desistir de concorrer à reeleição.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h17, o dólar operava em alta de 0,14%, cotado em R$ 5,5771. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda fechou em queda de 0,61%, cotada em R$ 5,5695.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,61% na semana;
recuo de 0,34% no mês;
alta de 14,78% no ano.
Ibovespa
As negociações do Ibovespa, por sua vez, só começam a partir das 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,19%, aos 127.860 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,19% na semana;
ganhos de 3,19% no mês;
perdas de 4,71% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques no noticiário desta terça-feira, investidores continuam a repercutir os desdobramentos das eleições norte-americanas e do quadro fiscal brasileiro.
Por aqui, as atenções estão voltadas para o relatório de receitas e despesas, divulgado na véspera. A nova projeção do governo indica um déficit (despesas maiores do que receitas) de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente no limite da meta de contas públicas previstas no arcabouço fiscal.
O governo também revisou estimativas de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes — e benefícios da Previdência. O relatório é publicado a cada dois meses com novas estimativas e projeções sobre as despesas e receitas do governo previstas para o ano.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal.
A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte:
Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal.
Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado.
Segundo a estrategista de investimentos no research da XP Investimentos Rachel Borges de Sá, apesar de as estimativas de despesas terem vindo mais detalhadas e com projeções “mais realistas”, os gastos com previdência ainda estão estimados abaixo do esperado pelo mercado.
“Mas essa reestimativa já trouxe um reequilíbrio e certa melhora na percepção de risco”, disse a especialista durante transmissão ao vivo nesta manhã, reiterando que, do lado das receitas, as projeções do governo também estão um pouco mais otimistas do que as previsões do mercado.
“Investidores vão seguir de olho em tudo isso, principalmente na divulgação dos próximos relatórios bimestrais”, completou.
Na agenda, balanços corporativos seguem no radar.
Já no exterior, o foco continua com a possibilidade de a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, seguir para a candidatura do partido democrata na corrida eleitoral. Ela ganhou espaço após o presidente norte-americano, Joe Biden, ter desistido de concorrer à reeleição nos Estados Unidos.
Em um comunicado no X, Biden disse que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden.
Após a desistência de Biden, alguns analistas passaram a ver uma piora na campanha do ex-presidente Donald Trump, em meio à rápida aglutinação de democratas ao nome de Kamala Harris como candidata do partido à Casa Branca.
Além disso, a leitura é que Harris já tem uma adesão suficiente para garantir sua nomeação e indicação democrata. Essa formalização, no entanto, só acontece nas convenções democratas, previstas para o próximo mês.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
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