Haddad veio ao Rio de Janeiro para o lançamento das propostas selecionadas das iniciativas de mercado de capitais e do mercado de seguros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (20) que o Congresso Nacional “tem dado demonstração de maturidade que temos que aplaudir” — em menção à aprovação, na Câmara, das reformas na cobrança de impostos por entes públicos.
“Aquilo que parecia impensável 6 meses atrás hoje se tornou não apenas uma realidade. O Congresso dizia: ‘O governo tem que entregar o Marco Fiscal até agosto’. Imaginavam que antes de agosto seria impossível entregar o Marco Fiscal. Nós mandamos em abril, e ele vai ser aprovado em agosto”, lembrou.
“Eu sou um otimista. Não é possível fazer política sem ser otimista, não é? Eu acreditei desde o começo do governo que nós poderíamos criar um ambiente de maior concórdia junto aos outros poderes, Judiciário e Legislativo. Poderíamos constituir uma base sólida de sustentação deste projeto e poderíamos, sim, aprovar os projetos que vão garantir esse resultado”, prosseguiu.
Haddad disse que agências de classificação de risco, “que fazem aqueles ratings famosos”, lhe perguntaram se o Marco Fiscal brasileiro “podia ser um pouquinho melhor” do que o Congresso aprovou. Ele não especificou qual agência fez essa pergunta.
“Eu falei: ‘Tudo pode ser um pouquinho melhor — inclusive, a sua agência também pode ser um pouquinho melhor’”, narrou.
“A pergunta que eu faço é: tem algum Marco Fiscal melhor do que o brasileiro nesse momento? Porque nós estamos falando de gente, nós estamos falando de uma série de pessoas que têm opiniões diferentes. Qual é o país que tem o Marco Fiscal melhor do que o do Brasil hoje?”, colocou.
“Eu penso que o Congresso Nacional tem dado uma demonstração de maturidade que a gente tem que aplaudir. Nós estamos efetivamente conseguindo construir um ambiente que é o que temos de maior valor neste momento no Brasil”, elogiou.
“É um ambiente que precisa ser preservado, de reconstrução do país. É isso que me dá otimismo, porque sem isso não temos como ir longe, não há como”, pontuou.
Haddad veio ao Rio de Janeiro para o lançamento das propostas selecionadas das iniciativas de mercado de capitais e do mercado de seguros.
Fórmula 1
O ministro comparou a economia à Fórmula 1.
“Falam que ‘é dar uma volta no parafuso’, ‘ah, é um acerto ali’. Economia tem muito de Fórmula 1: você tem que acertar o carro, ouvir o motor, senão você não vai chegar na frente. Você pode até chegar, mas você vai chegar atrás”, disse.
“Nessa concorrência mundial, não adianta só andar para frente, nós temos que andar mais rápido do que os outros. Essa agenda microeconômica tem essa faculdade de permitir que o nosso carro ande mais rápido”, continuou.
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