Após quatro meses de alta, a confiança dos consumidores acomoda em patamar próximo ao período pré-pandemia. Consumo
IBGE
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE recuou 0,4 ponto em outubro, para 88,6 pontos.
De acordo com Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens, após quatro meses de alta, a confiança dos consumidores acomoda em patamar próximo ao período pré-pandemia. Com isso, o resultado apresenta uma mudança de comportamento observado até o momento: com melhora das avaliações sobre o momento atual influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo e uma revisão das expectativas para os próximos meses dos consumidores com maior poder aquisitivo.
“É possível que esse resultado esteja sendo influenciado pelo efeito das transferências de renda, redução da inflação pelo terceiro mês consecutivo e crescimento dos postos de trabalho. Apesar do resultado mais favorável para as classes de renda mais baixa, o endividamento das famílias e as taxas de juros mais elevadas limitam uma recuperação mais robusta”, afirma Viviane Seda Bittencourt.
A acomodação em outubro foi influenciada pela piora das expectativas em relação próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) recuou 1,5 pontos, para 98,7 pontos, após quatro altas consecutivas. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto, para 74,5 pontos, maior nível desde março de 2020 (76,1 pontos), embora ainda continue baixo em termos históricos.
Em relação aos indicadores que medem a satisfação dos consumidores com a situação corrente, há uma percepção de melhora da situação econômica geral. O indicador deste quesito subiu 0,8 ponto, para 83,1 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020 (85,5 pontos). Já a avaliação sobre a situação financeira da família avançou 1,6 ponto, para 66,5 pontos, nível ainda extremamente baixo.
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