Haddad, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou que deve se reunir, nos próximos dias, diretores-executivos de empresas e fundos soberanos, além de empresários com investimentos no Brasil, sobretudo em transformação ecológica. Fernando Haddad
ALOISIO MAURICIO/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou neste domingo (22) em Nova York que a situação das contas públicas brasileiras, com dificuldades de o governo atingir o equilíbrio fiscal, junto com as queimadas e alta dos juros, não devem afastar investimentos produtivos da economia brasileira.
“Acredito que não, só o capital especulativo [poderia ser afetado]. Mas o capital que vai investir 15, 20, 30 anos no Brasil não é afetado por esse tipo de ocorrência. Mas temos que cuidar, independentemente de qualquer coisa”, disse o ministro.
Segundo Haddad, o estrangeiro olha o Brasil “de outra forma”, com foco mais no médio e longo prazos.
“Essa coisa de curto prazo vai ser superada. O que importa para ele é saber as condições de médio e longo prazo no Brasil. Por isso os investimentos estão subindo apesar desse episodio [alta dos juros]”, declarou.
O ministro, que está em Nova York junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar da Assembleia Geral da ONU, informou que deve se reunir, nos próximos dias, diretores-executivos de empresas e fundos soberanos, além de empresários com investimentos no Brasil, sobretudo em transformação ecológica.
Questionado por jornalistas, ele afirmou que as queimadas que atingem o país também devem ser abordadas nas reuniões.
“Temos de também ter o mesmo apoio dos governadores nos estados afetados. Trabalhamos em cooperação com o Rio Grande do Sul [nas enchentes que castigaram a região]. Por isso que os resultados… Não estou negando que ainda há dificuldades no RS, mas os resultados já estão sendo colhidos. Temos de trabalhar em parceria com govenadores e prefeitos, não há outra forma de superar esse tipo de coisa”, acrescentou Haddad.
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