O mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida por unanimidade, nesta quarta-feira (18), subir a Selic em 0,25 ponto percentual – ou seja, colocar a taxa básica de juros em 10,75% ao ano.
Esse movimento daria ao Banco Central credibilidade para o próximo ano, quando o governo Lula espera o início de um novo ciclo de queda dos juros.
A avaliação entre economistas é que Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo, principalmente, deram sinalizações seguidas de que a inflação estava ficando desancorada neste final de ano e início de 2025, o que justifica uma reação do Banco Central.
🏧 Campos Neto é o atual presidente do BC, indicado por Jair Bolsonaro e com mandato até dezembro. Galípolo, atual diretor de Política Econômica do Banco Central, já foi indicado por Lula para assumir a presidência da instituição – o Senado ainda precisa aprovar o nome.
🏧 Uma alta dos juros na reunião desta quarta também pode, inclusive, ajudar Galípolo na sabatina com senadores, marcada para 8 de outubro. Seria um sinal adicional de que a sua gestão do BC será técnica, e não política.
A provável alta da taxa Selic deve ser confirmada a despeito de, na última reunião, o Copom ter sinalizado uma manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano.
Agora, depois de tantos alertas, se não vier um aumento, o Banco Central pode perder credibilidade na sua comunicação – complicando o trabalho para o ano que vem.
Lula: “Se Galípolo disser que tem que aumentar os juros, ótimo”
Expectativa pelas ‘sinalizações’
A expectativa, agora, fica para o comunicado do Banco Central.
É comum que, ao decidir o patamar atual dos juros, o banco indique se prevê novos aumentos, novos cortes ou estabilidade para reuniões futuras.
Além da reunião desta quarta, o Copom deve se reunir mais duas vezes em 2024, em novembro e em dezembro. E pode indicar, já agora, se há sinalizações claras no horizonte ou se vai deixar a “porta aberta” para novas avaliações.
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