Número é 11,65% maior que o de resgastados no esforço concentrado de 2023. MG, SP, DF e MS lideram lista; maior número de vítimas está no campo. A quarta fase da Operação Resgate retirou, em todo o mês de agosto, 593 pessoas de situações de trabalho análogo à escravidão. Os dados foram divulgados pelo Ministério Público do Trabalho nesta quinta-feira (29).
A fiscalização ocorreu em 15 estados e no Distrito Federal, com parceria entre seis órgãos federais.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, quase 72% do total de resgatados trabalhavam na agropecuária, outros 17% na indústria e cerca de 11% no comércio e serviços.
O número é 11,65% maior do que o de resgatados em 2023. Os estados com mais pessoas resgatadas foram Minas Gerais (291), São Paulo (83), Distrito Federal (23) e Mato Grosso do Sul (13).
“O Brasil foi a última nação a aboliar a escravidão humana, e isso deixou um histórico na nossa sociedade que não nos orgulha”, afirmou nesta quinta o procurador do MPT Fábio Leal Cardoso.
O maior número de vítimas está no campo. As principais atividades dos trabalhadores resgatados eram:
cultivo da cebola (141);
cultivo de batata e cebola (84);
horticultura (82);
lavoura de café (76);
plantação de alho (59).
Entre as ocorrências registradas em área urbana, a maior parte dos trabalhadores foi resgatada em:
fabricação de álcool (38);
administração de obras (24);
atividade de psicologia e psicanálise (18).
Ainda de acordo com o Ministério Público do Trabalho, 18 crianças e adolescentes foram identificados submetidos a trabalho infantil. Desses, 16 estavam em condições semelhantes à escravidão.
Nove pessoas são resgatadas em situação semelhante à escravidão
g1 > Economia
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