No dia anterior, o principal índice acionário da bolsa de valores fechou em queda de 0,08%, aos 136.776 pontos. O dólar fechou em alta de 0,18%, cotado a R$ 5,5021.
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (28), com investidores na expectativa pela divulgação de um novo indicador de inflação nos Estados Unidos, na próxima sexta.
Por aqui, o mercado aguarda a divulgação de dados do mercado de trabalho e monitora a possível indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central (BC), à presidência da instituição.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h, o dólar subia 0,21%, cotado a R$ 5,5138. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,18%, cotada em R$ 5,5021.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,41 na semana;
recuo de 2,69% no mês;
alta de 13,39% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de 0,08%, aos 136.776 pontos.
Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumulou:
alta de 0,86% na semana;
alta de 7,15% no mês;
ganhos de 1,93% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O cenário internacional continua como o principal destaque para o mercado. Nesta semana, os Estados Unidos divulgam o PCE, que é o indicador de inflação favorito do Fed para tomar suas decisões sobre as taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50%.
Esse indicador mede a variação dos preços considerando apenas uma cesta dos produtos e serviços mais consumidos pela população.
O Fed se reúne em setembro para decidir o futuro das taxas de juros e há uma grande expectativa de que a instituição corte os juros.
Na última sexta-feira (23), o presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, afirmou que “chegou a hora” de cortar os juros dos Estados Unidos, o que melhora as perspectivas para investimentos de risco no mundo todo.
“Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços”, disse Powell, que também garantiu que a instituição “não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho”.
Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.
Depois de vários adiamentos por conta dos dados mais fortes de inflação e atividade da economia americana, o mercado de trabalho dos EUA começou a mostrar um desaquecimento no início deste mês e os resultados de inflação voltaram a mostrar que os preços estão mais comportados.
Com isso, Powell afirmou na sexta-feira que o atual nível das taxas de juros dá “amplo espaço” para que o Fed responda aos riscos, inclusive os números baixos de emprego. Essa afirmação joga ainda mais luz a uma dúvida que tomou os mercados nas últimas semanas: qual será a magnitude do corte promovido pelo Fed em sua próxima reunião.
Juros menores tendem a impulsionar a atividade econômica por baratear a tomada de crédito para pessoas e empresas. Além disso, a queda das taxas também diminui a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), considerados os mais seguros do mundo, o que beneficia ativos de risco, como mercados de ações e moedas de outros países.
No Brasil, o mercado aguarda a divulgação de novos dados do mercado de trabalho.
Também, a expectativa para a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central do Brasil (BC) cresce cada vez mais. Cotado para substituir Roberto Campos Neto, ele estava em Teresina (PI) e antecipou o retorno a Brasília nesta segunda-feira a pedido do presidente Lula (PT), segundo apurou a TV Globo.
Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo foi colocado de “sobreaviso”, caso Lula decida oficializar a sua indicação — que ainda terá de ser aprovada pelo Senado Federal.
Apesar de próximo de Lula e Haddad, Galípolo é um nome bem recebido pelo mercado por já ter se mostrado técnico e comprometido com o combate à inflação alta no país.
Na semana passada, em um discurso duro, ele afirmou que suas falas recentes não colocaram o BC em um “corner” em relação ao que será feito com a Selic em setembro, mas repetiu que a autarquia subirá a taxa básica se necessário.
Nos últimos dias têm ganhado força entre instituições financeiras a avaliação de que o BC terá que subir a Selic em pelo menos 0,25 ponto percentual em setembro mesmo em meio à relativa melhora do cenário externo.
Nesta segunda, Galípolo disse que os dados indicam que a economia brasileira parece estar em um estágio distinto da economia norte-americana — que começou a dar sinais de moderação.
“A atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil (…) Tem mostrado bastante dinamismo”, afirmou ele, durante participação em evento de comemoração dos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina (PI).
Taxas maiores aumentam a rentabilidade dos títulos públicos brasileiros, o que atrai investidores estrangeiros e pode valorizar o real em relação ao dólar.
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