Medida, que inicialmente valia para todo o estado, prevê ações como limpeza e desinfecção de locais afetados e vigilância em propriedades por um período de 90 dias. Mapa determinou restrição de 90 dias, com o isolamento da área afetada. Ministério da Agricultura reduz área de emergência da Newcastle no RS
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reduziu para cinco municípios a área de emergência zoossanitária em razão da Doença de Newcastle, identificada em um aviário de Anta Gorda. Além da cidade, estão no limite Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado, em um raio de 10 km do foco da doença.
A medida valia, inicialmente, para todo o território do Rio Grande do Sul. No aviário em Anta Gorda, 7 mil aves tiveram que ser sacrificadas.
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O status de emergência zoosanitária prevê ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras.
A portaria foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (24). Nesta quinta (25), o governo do estado publicou um decreto que declara estado de emergência de saúde animal na mesma região.
A medida tem duração de 90 dias, com o isolamento da área afetada e restrição de movimento de material de risco. Oito barreiras sanitárias foram instaladas na região, para impedir o avanço da doença de Newcastle. Os pontos de controle fazem a desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários, além de varreduras em todas as propriedades rurais em dois raios, de 3 km e 10 km.
Das 858 propriedades rurais da região, 78% já foram vistoriadas, segundo o governo do estado.
A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos.
Entenda o que é a doença de Newcastle
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Julia Chagas/Secretaria da Agricultura
Suspensão das exportações
A suspensão de exportações foi confirmada pelo Mapa e considera o acordo bilateral entre países parceiros, a fim de garantir a transparência do serviço brasileiro com os importadores.
As suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam o produto e a área, a partir do acordo comercial. Parte dos países considera carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada.
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Identificação após queda de granizo
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin.
As outras 7 mil aves foram sacrificadas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região.
Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda
Reprodução/RBS TV
Consumo liberado
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a população pode continuar consumindo frango mesmo após o diagnóstico da doença de Newcastle.
Uma ficha técnica publicada em 2022 pelo Mapa aponta que a doença pode causar conjuntivite transitória em humanos após contato direto com as aves, por meio de aerossóis e secreções respiratórias, além de secreções oculares e fezes de aves infectadas. Não há infecção através do consumo, afirmam especialistas.
“Podem continuar tranquilos, consumindo carne de frango, inclusive da própria região, dessa própria criação na região”, falou Fávaro.
Doença de Newcastle identificada em aviário do RS
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