Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,20%, cotada em R$ 5,4310. Já o principal índice de ações da bolsa fechou em alta de 0,47%, aos 128.897 pontos. Dólar
REUTERS/Lee Jae-Won
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (15), à medida que investidores repercutem o aumento das incertezas sobre o quadro eleitoral nos Estados Unidos, após o ex-presidente Donald Trump sofrer um atentado no último sábado (13).
O mercado também segue atento a eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em busca de novos sinais sobre o futuro das taxas de juros na maior economia do mundo.
Investidores ainda repercutem novos dados na China, além de seguirem em compasso de espera pela divulgação do Livro Bege do Fed e pela nova decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), previstos para esta semana.
Por aqui, o quadro fiscal brasileiro e dados de atividade ficam no radar.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
às 09h01, o dólar operava em alta de 0,53%, cotado em R$ 5,4598. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, a moeda fechou em queda 0,20%, cotada em R$ 5,4310.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,56% na semana;
recuo de 2,82% no mês;
alta de 11,92% no ano.
Ibovespa
Já as negociações no Ibovespa, por sua vez, começam apenas às 10h.
Na última sexta-feira, o índice fechou em alta de 0,47%, aos 128.897 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,08% na semana;
ganhos de 4,03% no mês;
perdas de 3,94% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques na agenda doméstica, investidores começam os negócios desta semana de olho no mercado internacional.
No último sábado, o ex-presidente Donald Trump foi escoltado por seguranças após tiros serem disparados enquanto ele discursava em um comício em Butler, no estado da Pensilvânia. Ele foi atingido na orelha direita enquanto falava e o evento foi interrompido.
Após o ataque, o bitcoin disparou e voltou a ficar acima dos US$ 62 mil (aproximadamente R$ 338 mil).
O ocorrido aumentou o nível de incertezas em torno da corrida eleitoral norte-americana, uma semana após o outro candidato à presidência dos EUA, o democrata Joe Biden, ter sofrido pressões para desistir de sua candidatura.
Além disso, as taxas de juros norte-americanas também continuam no radar dos investidores, após novos dados de inflação da maior economia do mundo terem sido divulgados na última semana. O mercado vê chance de 89,9% de que o Fed comece a cortar os juros por lá em setembro, segundo dados da ferramenta FedWatch, do CME Group.
Para os próximos dias, além da divulgação do Livro Bege do Fed — relatório desenvolvido em conjunto pelas 12 filiais regionais do BC norte-americano e que serve como um termômetro da economia dos EUA —, o mercado também aguarda dados do varejo do país e balanços corporativos.
Ainda no exterior, investidores também repercutem indicadores de atividade da China, divulgados no fim de semana. O Produto Interno Bruto (PIB) do gigante asiático cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023, abaixo das previsões do mercado (5,1%) e no avanço anual mais fraco desde os três primeiros meses do ano passado.
O número vem em meio à persistente recessão imobiliária no país e à fraca demanda interna. As tensões comerciais com o Ocidente e a queda do yuan também influenciaram no resultado.
Com isso, os preços do minério de ferro no exterior operavam em alta nesta segunda-feira — o que, por aqui, pode ajudar a impulsionar papéis ligados ao setor de mineração na bolsa de valores.
Dados da zona do euro e a nova decisão de política monetária do BCE, prevista para quinta-feira (18) também ficam no radar.
“Após o início da flexibilização na última reunião, prevemos manutenção das taxas de juros em julho”, afirmaram os analistas da XP em relatório.
No mercado doméstico, o foco fica com o novo relatório Focus do Banco Central, divulgado hoje. O documento apontou uma queda na projeção para a inflação deste ano, após nove semanas de alta. O recuo vem após o governo sinalizar comprometimento com o quadro fiscal.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br, visto como a prévia do PIB) também fica no radar.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
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