Após dois anos em alta, país registrou, em 2020, queda de 2,6% no número de empresas que elevam equipe acima de 20%. Contratação nas que sobreviveram teve alta de 8,3%. Dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a pandemia freou a expansão do número das chamadas de empresas de alto crescimento no país.
Depois de dois anos seguidos de alta, em 2020 houve queda de 2,6% deste tipo de empreendimento no Brasil.
São consideradas empresas de alto crescimento aquelas que, por um período de três anos seguidos, têm crescimento médio anual de 20% do pessoal ocupado e tinham 10 ou mais assalariados no ano inicial da observação.
Os dados fazem parte da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas do Empreendedorismo referentes a 2020, que apontou impacto negativo da pandemia maior sobre o mercado de trabalho que sobre o mercado empresarial no Brasil.
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Ao final de 2020, o país registrava 24,4 mil empresas de alto crescimento, cerca de 600 a menos que no anterior – em 2019 elas somavam cerca de 25 mil.
Quase metade (46,6%) das empresas de alto crescimento ativas em 2020 se concentravam na Região Sudeste. A Região Sul ficava em segundo lugar no ranking, com 20,4%, seguida pela Nordeste, com 17,0%, Centro-Oeste, com 9,6%, e a Norte, com 6,4%.
Número de “gazelas” se mantém estável
Ainda de acordo com o levantamento, a participação das chamadas empresas “gazelas” no conjunto das empresas de alto crescimento se manteve praticamente estável em 2020 na comparação com 2019 – teve um ligeiro aumento de 11,2% para 11,4% no período.
As “gazelas” são as empresas de alto crescimento ainda jovens, com até 5 anos de existência.
Aumento na ocupação
O gerente da pesquisa destacou que, apesar da queda no número de unidades, no mesmo período houve alta de 8,3% no número de trabalhadores assalariados ocupados nos empreendimentos deste tipo que sobreviveram ao primeiro ano da pandemia.
Nas empresas “gazelas”, porém, houve queda de quase 1% na ocupação – encerraram 2020 com 212,4 mil ocupados, cerca de 1,9 mil a menos que no ano anterior, o terceiro pior nível desde 2008.
“Quem mais contribuiu para o aumento de pessoal assalariado foram as empresas com 250 ou mais assalariados. De 2019 para 2020, a participação dessas empresas subiu de 8,8% para 9,2% no total de empresas”, apontou o pesquisador Thiego Gonçalves Ferreira.
Ainda segundo o levantamento, de 2017 a 2020, enquanto o número de ocupados no conjunto das empresas com assalariados cresceu 13,2%, entre as empresas de alto crescimento a alta na ocupação chegou a 175,2%.
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