Preços subiram quase 30% no último mês e ultrapassaram por muito as estimativas dos analistas. Gasolina, alimentos, energia – nada disso surpreendeu nos dados da prévia da inflação divulgados na terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A surpresa veio de um item que, por sorte, tem maior peso no orçamento das famílias de renda mais alta: as passagens aéreas.
A disparada, de 28,17% na passagem de setembro para outubro, foi a maior em um ano: em outubro de 2021, com a retomada do turismo depois da crise da Covid-19, as passagens subiram 34,35% frente ao mês anterior.
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A disparada de preços surpreendeu, e superou em muito a alta esperada pelos analistas. A Terra Investimentos estimava alta de 10% no mês, enquanto a expectativa da XP era de +15%. Já o Itaú projetava uma taxa 12 pontos percentuais menor.
Desde o começo do ano, as passagens aéreas acumulam alta de 36,37%. Em 12 meses, chega a 40,58%, de acordo com os dados do IBGE.
O g1 procurou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) para comentar o assunto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Querosene em baixa
A alta nos preços das passagens vai na contramão do custo do querosene de aviação (QAV) – que representa mais de um terço dos custos totais das companhias aéreas.
Nos últimos três meses, a Petrobras anunciou três reduções no preço do QAV: -2,6% em agosto; -10,4% em setembro; -e 0,84% em outubro.
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