Avaliação é da diretora geral da Organização Internacional do Café (OIC), Vanusia Nogueira, em meio a um cenário de oferta internacional insuficiente e estoques baixos. Café – consumidores deverão optar pelo consumo caseiro.
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Os consumidores escolherão beber café em casa em vez de cafeterias e restaurantes, devido ao aumento da inflação e aos riscos de recessão nos próximos meses, disse a diretora- Internacional do Café (OIC), Vanusia Nogueira, na sexta-feira (7).
A oferta internacional de café não tem sido capaz de atender a demanda em um momento em que os estoques estão baixos, disse Vanusia. Ela atribuiu a menor safra global no ano cafeeiro de 2021/22 aos efeitos das mudanças climáticas.
“Temos muitos problemas climáticos nas principais regiões produtoras”, disse ela à Reuters em entrevista na capital colombiana.
Vanusia Nogueira menciona problemas climáticos nas regiões produtoras.
Divulgação BSCA
Embora os preços do café tenham subido, os produtores não conseguiram entregar mais produtos devido a questões relacionadas ao clima, disse ela.
A produção total do ano cafeeiro de 2021/22 atingiu 167,2 milhões de sacas de 60 quilos no mundo, uma queda de 2,1% em relação ao ano cafeeiro anterior, segundo estatísticas da OIC, que descobriram que o consumo global de café aumentou 3,3%, para 170,3 milhões de sacas.
Os preços do café devem permanecer estáveis em 2023, disse Nogueira. Assim como durante a pandemia de coronavírus, espera-se que o consumo aumente nas residências e diminua nos cafés e restaurantes, mas os volumes gerais de vendas e consumo devem permanecer estáveis, disse ela.
“Não acho que haverá impacto em termos de volumes, mas na forma como o café é bebido e na qualidade, as pessoas vão diminuir a qualidade do que bebem e mudar onde bebem”, disse ela, alertando que os produtores de cafés especiais podem ser os mais atingidos.
A mudança climática é o maior desafio do setor cafeeiro, disse ela, acrescentando que a OIC está trabalhando na criação de um fundo de resiliência junto a bancos e outras organizações para examinar mais de perto as zonas produtivas e variedades de café resistentes às mudanças climáticas.
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